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  • Problemas Cardiacos: Como Evitar Com Mudanças De Hábitos


  • As internações por doenças cardiovasculares tiveram uma queda no início da pandemia

Os problemas cardíacos, como infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e doenças cardiovasculares, são uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo. Infelizmente, os dados mais recentes apontam para uma situação ainda preocupante no país, com muitos casos relacionados a fatores de risco que poderiam ser prevenidos.

De acordo com o Ministério da Saúde, em 2019, foram registradas 348.330 internações por doenças cardiovasculares no SUS, o que representa uma taxa de internação de 166,1 por 100 mil habitantes. Os dados mostram ainda que os homens apresentaram uma taxa de internação maior do que as mulheres em todas as regiões do país.

O infarto agudo do miocárdio, uma das principais complicações das doenças cardiovasculares, também é uma das principais causas de morte no Brasil. Segundo o DATASUS, em 2019 foram registrados mais de 106 mil óbitos por doenças isquêmicas do coração, que incluem o infarto. Entre as mulheres, foi a terceira causa de morte, enquanto entre os homens chegou à segunda.

Entre os fatores de risco mais comuns para as doenças cardiovasculares estão a hipertensão arterial, o diabetes, o excesso de peso e a falta de atividade física. Infelizmente, muitos brasileiros ainda apresentam esses fatores de risco. Uma pesquisa realizada em 2020 pelo Ministério da Saúde indicou que aproximadamente 25% dos adultos entre 18 e 59 anos apresentam hipertensão arterial e que mais da metade (53,9%) possuíam sobrepeso ou obesidade. O diabetes também é um problema que afeta muitos brasileiros: em 2019, foram registrados mais de 143 mil internações por diabetes no SUS.



Além dos fatores de risco tradicionais, a pandemia de COVID-19 também pode ter trazido um impacto negativo para a saúde cardiovascular da população. Uma pesquisa realizada em 2020 pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) mostrou que as internações por doenças cardiovasculares tiveram uma queda no início da pandemia, mas voltaram a subir a partir do segundo semestre. Segundo a pesquisa, isso pode estar relacionado ao medo de buscar atendimento médico em hospitais e unidades de saúde por causa do risco de contágio.

Para tentar enfrentar esse problema, é fundamental que haja uma abordagem integrada, envolvendo governo, profissionais de saúde e a população como um todo. Campanhas de prevenção por meio de informação sobre hábitos alimentares saudáveis, prática de atividades físicas, controle da pressão e do colesterol, além da importância do acompanhamento médico regular podem ajudar a conscientizar as pessoas sobre a prevenção das doenças cardiovasculares.

Ao mesmo tempo, é preciso que o governo invista em políticas públicas que visem a prevenção e o tratamento das doenças cardiovasculares, como a oferta de medicamentos e tratamentos para quem já possui o diagnóstico, além de campanhas para incentivar a prática de atividades físicas e bons hábitos alimentares.

Em resumo, os problemas cardíacos continuam sendo uma preocupação para a saúde pública no Brasil, com uma grande quantidade de casos registrados todos os anos. Por isso, é fundamental que a população seja conscientizada sobre os fatores de risco e a importância da prevenção, além do investimento em políticas públicas que visem a proteção da saúde cardiovascular da população.